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O que é o Transtorno de Ansiedade Generalizada?

Atualizado: 7 de mar.

Tipos de ansiedade

Mulher com caneca na mão

Com as configurações atuais do mundo em que vivemos, podemos sentir ansiedade também em situações que a nossa segurança física não está em risco, mas algo importante para nós está - como a conquista do emprego diante de uma entrevista, ou a aprovação dos colegas diante de uma apresentação.


Contudo, quando sentimos ansiedade de forma intensa e constante diante de situações em que não estamos de fato em perigo e isso afeta as várias áreas de nossas vidas, podemos estar sofrendo de um quadro patológico de ansiedade.


Homem com as mãos no rosto

Tal ansiedade pode se manifestar de modos diferentes, com características diversas, compondo transtornos de ansiedade variados, tais como a ansiedade generalizada, fobias específicas (como fobia de aranha), transtorno obsessivo-compulsivo, transtorno do pânico, entre outros.


Assim, se você sofre de ansiedade intensa frequentemente diante de situações que não representam perigo real a ponto de prejudicar suas tarefas diárias e seu bem-estar, é importante se atentar. Pode ser que sua ansiedade já tenha se desenvolvido para um quadro de ansiedade.




O que é o TAG?

O Transtorno de ansiedade generalizada (TAG) é um distúrbio que se caracteriza por uma intensa e excessiva preocupação e tensão pelos mais diversos motivos. Pode ser por questões envolvendo dinheiro, saúde, trabalho, família... qualquer assunto pode tomar grandes proporções e virar motivo de intensa preocupação.


A ansiedade generalizada envolve pensamentos em abundância sobre como as coisas podem sair errado, de modo que a pessoa pensa que as coisas e os eventos ocorrerão de modo desagradável e difícil em sua vida.


Portanto, a característica principal desse transtorno é a preocupação muito intensa, excessiva e persistente. Ele pode se manifestar de vários modos e intensidades, levando a sintomas físicos e psicológicos.


Em boa parte dos casos, a pessoa que sofre de TAG pode apresentar outros transtornos também, como a depressão e o TOC.



E quais são os sintomas?

Homem segurando os óculos e passando os dedos nos olhos

Os sintomas podem variar dependendo das doenças relacionadas e da intensidade do transtorno. Os sintomas físicos mais comuns costumam ser:


  • Palpitação;

  • Disfunção gastrointestinal.

  • Disfunção sexual;

  • Suor excessivo;

  • Dor de cabeça;

  • Fadiga;

  • Tensão muscular;

  • Distúrbios do sono.

Também são comuns sintomas neurológicos, tais como:

  • Insônia;

  • Irritabilidade;

  • Prejuízo na memória;

  • Inquietação;

  • Nervosismo;

  • Dificuldade para se concentrar.


Assim, o indivíduo que tem TAG apresenta preocupação constante e persistente diante das mais variadas situações, como, por exemplo, receio de adoecer, angústia diante da possibilidade de algo ruim acontecer com algum parente e medo de não conseguir realizar uma tarefa.


Com isso, ao longo da rotina da pessoa, a preocupação vai mudando de foco e gerando ideias angustiantes de coisas que podem acontecer de ruim em qualquer situação.



Como é o diagnóstico do TAG?

Homem na terapia

Para um caso ser considerado como TAG, os sintomas devem ocorrer na maioria dos dias por ao menos 6 meses, diante de diversos eventos ou atividades, de modo que a pessoa acha difícil controlar tal preocupação, prejudicando sua rotina e suas relações.


Junto a isso avalia-se se há um sofrimento clinicamente significativo e prejuízo nos diversos âmbitos de sua vida. Faz parte do diagnóstico identificar se tal perturbação não é devido a efeitos de alguma substância, como um medicamento, ou outra condição médica, como hipertireoidismo.


Também é importante que o profissional avalie se a perturbação não se deve a outro transtorno que explique melhor a situação (como preocupação em ter novos ataques de pânico diante do transtorno do pânico, ou obsessões do TOC). Junto a isso, se avalia se a pessoa diagnosticada com TAG tem outras comorbidades, como depressão.


Como é o tratamento?

Comprimido

A escolha do tratamento deve ser feita com base na eficácia da terapia, segurança, efeitos colaterais, dentre outros fatores. Frequentemente, o tratamento costuma envolver uma combinação de psicoterapia e tratamento medicamentoso.


Os medicamentos mais utilizados no TAG são os ansiolíticos, os antidepressivos ISRS (inibidores da recaptação de serotonina) como o Escitalopram e os antidepressivos ISRN (inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina), como a Venlafaxina.


Enquanto a terapia mais comum para o TAG é a Terapia Cognitivo-Comportamental, que já demonstrou sua eficácia no tratamento desse transtorno e se baseia em como a pessoa interpreta suas experiências.


Assim, a psicoterapia, a partir de uma conceitualização e planejamento individualizado de tratamento para o paciente, pode abordar os fatores que desencadeiam a ansiedade e promover estratégias cognitivas e comportamentais para enfrentar a ansiedade.


Assim, através da TCC, o indivíduo desenvolve a capacidade de:

  • Reconhecer em que aspecto ou de que modo os seus pensamentos podem estar distorcidos;

  • Observar interpretações diferentes desses pensamentos e testá-las;

  • Modificar seu comportamento, reduzindo os sintomas.


Técnicas de relaxamento, meditação e exercício de mentalização também podem ser úteis para ajudar na redução da ansiedade.


Quando devo procurar ajuda?

Se você acredita que sofre de TAG e está sofrendo com sua ansiedade, é importante procurar ajuda profissional logo para ter o diagnóstico correto e o tratamento adequado, evitando assim que o transtorno se intensifique ainda mais ou mesmo leve a outros transtornos, como a depressão.



Precisando, estou aqui <3


Luiza Teixeira Natale

Psicóloga clínica

CRP 05/77673

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