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Enfrentando o medo de amar

Atualizado: 7 de mar.

Conforme crescemos, desenvolvemos nossa própria percepção do amor - com base nas histórias e nos filmes infantis, nas relações que vemos nossos pais e outros adultos terem, nas nossas próprias relações com os outros, e nas mais diversas experiências que acumulamos ao longo do tempo. Esses modelos influenciam a ideia e a imagem que temos do que é amar.

Homem e mulher se olhando

Você sente que tem algum medo ou receio de amar? Alguma dificuldade em amar? Tem medo de ser abandonado? Medo de perder a independência? Ou entende que o amor machuca?


A forma que entendemos o amor irá influenciar na nossa facilidade ou dificuldade para nos abrir a essa experiência.


Homem e mulher em conflito

Saiba que isso é mais frequente do que pensa, você não está sozinho nessa. Pessoas que já passaram por situações ruins ou alguém que viu pessoas queridas sofrendo muito em relacionamentos amorosos podem compreender o amor como uma ameaça, algo negativo e doloroso.


No entanto, essas situações que elas viram e eram nomeadas como amor eram relações tóxicas ou, ao menos, relações nada saudáveis. E, com isso, a pessoa se priva de sentir o amor saudável, único e puro, porque acredita (ao menos emocionalmente) que todas relações serão como aquelas.


Casal sorrindo e caminhando

Considerando que o amor é um sentimento que traz uma maior conexão com outra pessoa, emoções agradáveis e oportunidade de nos desenvolvermos, não deveria ser algo a ser temido. Contudo, ainda é muito comum a dificuldade das pessoas se permitirem vivenciar uma relação amorosa, de forma que há barreiras pessoais que interferem na relação, mas com as quais podemos lidar.


Portanto, ter essa dificuldade não é um atestado de que você nunca terá uma relação saudável nem viver um grande amor. Apenas indica que você tem um desafio pela frente, um desafio manejável e importantíssimo de enfrentar.


Que tal uma ajuda para começar esse processo tão importante e enfrentar esse medo? Acompanhe algumas dicas que podem ajudar você a enfrentar seu medo.


Desenvolva o autoconhecimento

Closeup duas mãos no peito

Conhecer-se, compreendendo suas dores, suas crenças e sua história, é importante para que você entenda o porque se sente e age desse jeito, sendo um passo importante para lidar com os seus desafios e dificuldades para amar.


Ao aprofundar o conhecimento de si mesmo, você poderá entender por que sente esse medo e quais são suas reações a ele. A partir dessa compreensão sobre suas crenças, emoções e ações, você consegue encontrar novos caminhos a tomar para enfrentar suas dificuldades que antes não percebia.


Com isso, a partir da promoção do seu autoconhecimento, conforme você compreende melhor o seu funcionamento interno, você consegue identificar como alterá-lo para alcançar seu objetivo de se abrir para o amor.


Homem agarrando o braço de uma mulher

Como exemplo, pense em uma pessoa que, buscando se conhecer mais, nota que seu primeiro instinto é se afastar sempre que passa a se envolver romanticamente com alguém. A partir dessa observação, a pessoa pode começar a se questionar o que acontece para ela agir assim, o que ela pensa e sente quando decide se afastar.


Ao desenvolver sua consciência da própria história de vida que contribui para a manutenção dessas crenças que tem, você abre espaço para começar questionar suas crenças a partir dos seus pensamentos automáticos em situações concretas, se permitindo testar, desenvolver novas crenças e testar estas na prática, de modo a enfrentar os medos e se permitir amar.


Promova sua autoestima

Mulher de olhos fechados com a mão no peito

Se você tem uma autoestima baixa, isso pode influenciar o modo como se vê em uma relação, de modo a reforçar o seu medo de amar.


Por exemplo, podemos ter medo de que a outra pessoa não vá aceitar nossos defeitos, ou gostar da nossa personalidade e manias, havendo um medo de rejeição, mesmo quando a outra pessoa mostra que gosta de nós. Então 'como vou me permitir amar se poderei ser rejeitado, prejudicando ainda mais minha autoestima já fragilizada?'.


Por isso, é importante desenvolver nossa autoestima, aprendendo a aceitar genuinamente tanto nossas qualidades quanto nossos defeitos. Podemos dar um passo de cada vez, um pouco a cada dia. Se olhe no espelho, aceite e ame a imagem que você vê, ame-se, permita-se.


Pode ser desafiador no início, mas conforme você se olhar e se sentir mais próximo de si mesmo pode notar que ficará mais fácil e mais recompensador, aceite-se.


Diferencie o passado do presente

Homem e mulher abraçando-se

Pode ser que você lembre de situações desagradáveis que aconteceram há muito tempo e elas te gerem medo ainda hoje. Pode ser algo como ter sido humilhado por uma colega que você gostava na escolinha, uma relação abusiva na juventude ou um trauma como uma traição.


Enfim, seja qual for a situação, conscientize-se que aquela situação foi ruim e difícil, mas que você não precisa se privar do amor por conta de uma situação que já passou. Você pode tomar algumas atitudes para evitar entrar em outra relação abusiva, mas elas não podem ser exageradas a ponto de te impedir de se relacionar e aproveitar sua vida.


Ficar achando que o passado se repetirá numa nova relação gera muita preocupação e te afasta de experiências que podem ser muito positivas. Portanto, se permita ter novas relações. Você já sabe como a relação passada foi ruim e quais são os sinais - se sua relação atual não tem esses indícios, permita-se aproveitá-la.


Permita-se

Closeup de mãos dadas

Você não tem que ser sempre forte, especialmente quando está entre pessoas que mostram ser de confiança. Aos poucos, permita-se demonstrar seu lado mais vulnerável, seus sentimentos, para a pessoa que te atrai e se mostra confiável e genuinamente interessada em você.


Compreendo como esse tópico pode parecer assustador. Se você se sentir assim, lembre-se que você não precisa sair totalmente da zona de conforto e mostrar vulnerabilidade sempre. Veja mais como uma forma de exercitar sua capacidade de se abrir e de tornar mais fácil não evitar sempre momentos que, embora exponham seus sentimentos, não são perigosos.


Além disso, tendo promovido seu autoconhecimento e sua autoestima, você terá mais segurança para mostrar-se como é, com seus sentimentos, pois você se ama em primeiro lugar, e isso basta. Se a pessoa não corresponder, conseguirá compreender que não é culpa sua e que está tudo bem, você irá encontrar alguém que combine mais contigo.


Receio de perder

Dois homens deitados olhando para o mesmo lugar

Pode ser incômodo não ser correspondido, mas faz parte da vida. Não podemos controlar como o outro se sente, e está tudo bem. O fato de não ser correspondido não diz respeito a alguma falha ou defeito nosso, apenas que somos pessoas diferentes, com gostos diferentes e a outra pessoa não se conectou com nós.


Quando já estamos na relação, também é comum aparecer o medo de perder. Não crie expectativas negativas de que talvez a relação acabe. Não é porque existe a possibilidade de uma relação acabar que isso vai mesmo ocorrer - o futuro é incerto, não há como prever.


O que, no entanto, está ao seu alcance é fazer com que o presente seja feliz ao lado de alguém especial, tendo a oportunidade de experimentar esse amor, genuíno e real.


Motivado?

Você se sente ao menos um pouco mais motivado para enfrentar seu medo de amar? Dê um passo de cada vez e a cada pequeno progresso reconheça e se parabenize.

Duas mulheres comemorando

Se você sentir que precisa de mais alguma ajuda para enfrentar sua dificuldade, está tudo bem, é um ótimo passo de autoconhecimento reconhecer o momento de pedir ajudar.

Homem e mulher sentados conversando

Sempre que precisar, seja para essa ou outra demanda, você poderá buscar um psicólogo para auxiliar você nesse processo. Na terapia, o profissional irá te ajudar a compreender as razões das suas inseguranças e a desenvolver planos e soluções para superá-las.




Precisando, estou aqui <3


Luiza Teixeira Natale

Psicóloga clínica

CRP 05/77673

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