Elementos da ansiedade
- Luiza Natale
- 13 de ago. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 7 de mar.
Você sabe como sentimos a ansiedade? Ela tem alguns componentes importantes, sendo eles: emocional, comportamental e cognitivo.

Imaginemos uma situação em que você é recém habilitado e vai fazer uma viagem de carro por um longo e movimentado percurso que ainda não conhece. É natural que você fique ansioso e, com isso, decida dirigir com mais cuidado e atenção.
Nessa situação, você irá experimentar a ansiedade, a qual gerará alterações nos campos emocional, comportamental e cognitivo. Vejamos com mais detalhes:

Elemento cognitivo: Essa ansiedade foi gerada por pensamentos sobre a situação de dirigir que te levaram a ter uma preocupação, tais como "Posso bater em alguém", "Não sei exatamente o trajeto a seguir". Essa ansiedade gerada por tal percepção leva a novos pensamentos, intensificando ainda mais a ansiedade.
Elemento emocional/fisiológico: O medo de se perder ou de causar um acidente é o componente emocional da ansiedade. O desconhecido e a incerteza promovem muitas vezes sentimentos de insegurança e preocupação.
Elemento comportamental: Diante da percepção e da ansiedade, temos determinados comportamentos para lidar com a situação. Pode-se fazer algo como andar com o carro a uma velocidade menor, ou decidir que não irá dirigir, pedindo ajuda para outra pessoa.
Assim, diante da necessidade de dirigir, você pode ter pensamentos preocupantes, como “e se eu bater em alguém?” (componente cognitivo); sentir medo e alterações como sudorese e aperto no estômago (questão emocional/fisiológica); e dirigir mais devagar ou evitar a situação (sinais comportamentais).
O exemplo da viagem de carro destaca como esses três elementos interagem de maneira complexa.
A emoção (ansiedade), a resposta física (sudorese e aperto no estômago), os pensamentos (preocupação com causar um acidente ou se perder) e as ações tomadas estão interconectados, formando um ciclo que pode aumentar a sensação de ansiedade.
Diante dessa situação, você poderia acabar optando ir de ônibus pelo receio de não conseguir. Se pensasse ser capaz e sentisse mais confiança, poderia acabar realmente dirigindo. Ou você poderia decidir dirigir apesar do medo, pois você pensa que é capaz sim. Enfim, esses elementos se relacionam e um influencia o outro.

Contudo, é necessário ressaltar que a ansiedade não é necessariamente negativa. Em situações como a viagem de carro, a ansiedade pode servir como um alerta útil, promovendo uma maior atenção e cuidado ao dirigir em um ambiente desconhecido ou movimentado.
O desafio envolve equilibrar esses elementos e a intensidade da ansiedade para que possamos lidar com as situações de uma forma adequada, não permitindo que a ansiedade se torne excessiva ou debilitante.
Práticas como a conscientização, a respiração profunda, o mindfulness e a reestruturação cognitiva são frequentemente utilizadas para gerenciar a ansiedade e promover uma resposta mais equilibrada diante de situações desafiadoras.
Precisando, estou aqui <3
Luiza Teixeira Natale
Psicóloga clínica
CRP 05/77673
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